16. Mussismilia braziliensis
Este coral forma colônias maciças, comumente globulares, podendo ocorrer formas hemisféricas, e fortemente presas no substrato. Podem atingir até mais de 1 m de diâmetro. Os cálices são relativamente pequenos (8 a 10 mm de diâmetro) e poligonais; a columela é reduzida, os séptos são delicadas e o quarto ciclo é incompleto. Nas colônias de tamanhos grandes observa-se uma tendência à formação de cálices mais ou menos alongados, com mais de três centros columelares e com aspecto submeandroide. As colônias vivas têm a coloração cinza e amarela esbranquiçada. Esta espécie, com as espécies M. harttii e M. hispida, são endêmicas da fauna brasileira, com características arcaicas, próximas às espécies de idade miocênica da bacia do Mediterrâneo. Juntamente com Favia leptophylla, são as duas espécies que mostram o maior confinamento geográfico, pois são registradas apenas nos recifes da costa do Estado da Bahia, sendo o principal construtor das partes altas dos recifes da
área deAbrolhos e da costa norte do estado. No recife da ilha de Itaparica formas mais ou menos esféricas medindo 5 a 10 cm de diâmetro são encontradas nas poças e canais do corpo recifal. Na frente do recife, em águas com profundidade em torno de 5 m, colônias de tamanhos maiores (máximo 0,50 m) podem apresentar uma forma com aspecto campanular. Nos recifes do litoral norte da Bahia, esta espécie ocorre em profundidades entre 4 e 10 m.

O registro da espécie mostra a sua preferência por águas relativamente rasas (inferiores a 20 m) e limpas.


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