O modelo convolucional de um traço sísmico
consiste na convolução de um pulso com uma série
de coeficientes de reflexão e mais ruído. Assumindo
assinatura da fonte conhecida e ruído colorido com
função de autocorrelação conhecida ou
estimada, duas formas de filtragem inversa são comparadas. O
objetivo é atenuar ruído e diminuir a largura do pulso,
aumentando a resolução sísmica vertical. Na
situação ideal, se procura obter a série de
coeficientes de reflexão a partir dos dados registrados.
Para comparação, é mostrada inicialmente uma
estimativa mínimos quadrados dos coeficientes de
reflexão, primeiramente assumindo que o ruído é
branco. Levando em consideração a presença de
ruído colorido, as técnicas de filtragem usadas
correspondem a (i) uma forma modificada do processo de máxima
probabilidade e (ii) uma abordagem por mínimos quadrados para
alterar a forma do pulso de entrada.
A estimativa de máxima probabilidade da refletividade foi
obtida filtrando os dados com um filtro branqueador do ruído
colorido e usando uma técnica de inversão por
mínimos quadrados. A segunda técnica usada consiste em
definir por mínimos quadrados um filtro de forma ótimo
(filtro de Wiener) para o pulso de entrada, levando em
consideração que o ruído é do tipo
colorido, e após aplicar este filtro aos dados. As duas
abordagens acima forneceram resultados similares, porém
superiores aos da inversão por mínimos quadrados
assumindo ruído branco. A filtragem com o filtro de forma
mostrou-se mais adequada, por exigir menor esforço
computacional.
Como resultado, verifica-se a necessidade de se levar em
consideração o ruído colorido, quando presente,
nos processos de inversão e a melhoria obtida em termos de
aumento de resolução e diminuição de
ruídos com tal procedimento.
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