O processamento sísmico convencional usa análise de
velocidades baseado na equação de correção de sobretempo normal (NMO),
o qual é definido para refletores planos. Essas velocidades são
normalmente usadas para efetuar-se migraçãoa antes e depois do
empilhamento. A migração pode ser uma ferramenta para indicar as
velocidades, isto permite fazer imageamento e análise de velocidades em
um único passo.
Neste trabalho migramos famílias de tiro comum usando Migração Reversa
no Tempo por diferenças finitas. O procedimento começa com a migração
usando um campo inicial de velocidades em profundidade e uma estimativa
de erro. Após isto, o modelo de velocidades é modificado da camada do
topo até a camada da base e a função de erro é medida. Esse processo é
repetivamente usado para atualizar a velocidade até que o erro seja
próximo de zero. O processo é similar para todos os modelos de
velocidade em profundidade.
A fim de testar a sensibilidade da Migração Reversa no Tempo por
diferenças finitas antes do empilhamento para o erro de velocidade, foi
migrado famílias de tiro comum com erros de 2% a 25% nas velocidades
intervalares e as saídas estaq ueadas a fim de visualizar e avaliar a
continuidade do refletor. Verificou-se que para um erro fixo, a imagem
do refletor degrada com o aumento da distância entre as posições de
tiro.
A análise de velocidades é baseada no princípio de que, após a migração
em profundidade com um modelo de velocidade correto, o refletor imagem
na família de refletor comum está em sua verdadeira posição. Se a
velocidade de migração é menor que a velocidade do meio, o evento fica
localizado acima da posição real e o refletor estará curvado para cima,
entretanto se a velocidade de migração for maior que a velocidade do
meio o evento estará abaixo da posiçãor eal e curvado para baixo. A
curvatura do refletor imagme pode ser usada para medir a razão entre a
velocidade de migração e a velocidade real do meio, a qual chamaremos
g, e que contém a informação sobre o erro na velocidade de migração.
Os dados serão somados em janelas para valores diferentes de g. O
valor de g que fornecer o máximo de empilhamento será usado para
atualizar as velocidades média e intervalar. Trabalhamos com um erro
inicial na velocidade da ordem de 20%, enquanto que o erro na
velocidade final está próximo de 1%.
Para fazer o trabalho acima descrito começamos por um modelo de três
camadas com mergulhos de, 30o, 45o e 60o, com o objetivo de mostrar a
sensibilidade da migração com o erro no campo de velocidades. Um
segundo modelo com três refletores planos horizontais em que a análise
de velocidades é feita em famílias de tiro comum migradas em
profundidade. Um terceiro modelo com camadas mergulhantes de 5o, 10o e
15o aproximadamente em que a análise de velocidades é feita em duas
famílias de tiro comum migradas em profundidade separadas por uma
distância apropriada, que proporcione superposição dos refletores. Um
quarto modelo com refletor curvo onde faremos análise de velocidades em
famílias de receptor comum em dados migrados em famílias de tiro comum.
A migração Reversa no Tempo é usada também com o objetivo de imagear
estruturas com mergulho próximo de 90o, para isso migraremos “Turning
Waves” em um modelo de falha com aproximadamente 80o de mergulho, em
contacto com camadas que apresentam um gradiente vertical de velocidade.
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