A deconvolução do pulso sísmico é normalmente conduzida através do
método de Wiener Levinson (WL). Este procedimento pressupõe que o
polinômio associado ao pulso sísmico é de fase mínima. Outra premissa
básica do método WL diz respeito ao caráter aleatório da função
refletividade. Quando qualquer uma dessas premissas não é obedecida a
qualidade da deconvolução fica seriamente prejudicada. Vários
trabalhos sobre deconvolução e estimativa do pulso sísmico têm
aparecido na literatura e na maioria das vezes focalizam e tentam
resolver o problema relacionado com o caráter de fase do pulso sísmico. Recentemente,
(Porsani, M. e Niwas, S., 2001) e (Monteiro, A. e Porsani, M., 1999),
trabalhando na solução de problemas inversos
desenvolveram um método denominado de Inversão
Linearizada com Reponderação Múltipla dos Desvios (ILRMD).
Neste trabalho, apresentamos um método iterativo para deconvolução do
pulso sísmico com base na norma Lp que corresponde a uma adaptação
do método ILRMD proposto por (Porsani, M. e Niwas, S., 2001). Os
erros de predição do traço sísmico, devidos ao filtro de predição
unitária, são elevados a um expoente relacionado à norma em uso,
definindo assim um relacionamento não linear entre os coeficientes do
filtro preditivo e o resultado da deconvolução. Através da expansão de
Taylor com aproximação de primeira ordem, obtém-se
um sistema linear de equações que é ponderado pelo resultado da
deconvolução ao estágio k. Este método não requer que o pulso
satisfaça a premissa de fase mínima. O presente trabalho apresenta alguns resultados da aplicação desta
metodologia na deconvolução de dados sísmicos de reflexão, os quais
são comparados e discutidos frente àqueles obtidos com a deconvolução
de WL.
O novo método de Deconvolução Iterativa Utilizando Norma Lp (DILp)
para a deconvolução do pulso sísmico é iniciado com o filtro de WL atuando na compressão da
componente de fase mínima do pulso e reiniciado com o filtro reverso
de WL atuando na compressão da componente de fase máxima do pulso sísmico.
Os resultados obtidos com o método DILp utilizando dados sísmicos sintéticos
e reais (linha terrestre - PROMAX, um CDP da Noruega e num trecho
empilhado do Golfo do México, disponíveis no CPGG/UFBA) são melhores
que aqueles obtidos com o procedimento convencional de deconvolução
com filtro de WL que utiliza norma L2. Os resultados numéricos
mostram como a resposta impulsiva da terra pode ser recuperada com
alto grau de fidelidade, exibindo uma melhor compressão do pulso
sísmico, traduzida pela melhor definição e continuidade lateral das reflexões.
|
The wavelet deconvolution is normally performed by the Wiener-Levinson
(WL) approach. This procedure assumes that the polynomial associated to the wavelet is minimum-phase.
Another assumption is that the reflectivity function is represented by a white noise non-correlated
process. If any of these assumptions are not true the WL approach does not perform well.
Many studies trying to improve the wavelet deconvolution problem have been presented in the literature.
Recently, Porsani et al. (2001) and Monteiro and Porsani (1999) presented a new approach for
the Gauss-Newton method named as the Iteractive Re-weighted Least-Square method (IRLS).
In this dissertation we present an iteractive least-square approach
for the wavelet deconvolution based on the Lp norm which corresponds
to an adaptation of Porsani et al. (2001) method. The prediction errors
associated with the deconvolved seismic trace are taken to an exponent
related with the norm being used, thus defining a non-linear
relationship between the filter coefficients and the output of the
inverse filter. By using the first order Taylor approximation, a
weighted system of linear equations may be formed and solved in the
least-square sense. The predictive filter is adapted and the iteration
continues. The new iteractive wavelet deconvolution approach starts
with the minimum-phase WL filter. This causal inverse filter works to
compress the minimum-delay component of the wavelet. After some number
of iterations the process is restarted by using a reverse of a WL
filter to collapse the non minimum-delay component of the
wavelet. This forward and backward deconvolution is able to collapse
the wavelet even when it does not have a minimum-phase property.
The new method was tested on synthetic and real marine and
land seismic data. The results are better when compared with the
ones generated by using the conventional WL approach which is based on
the L2 norm. The synthetic examples illustrate that the impulse
response may be recovered with a high degree of resolution.
|