2. Madracis decactis

Quatro populações diferentes estão descritas na costa do Brasil: duas populações fotófilas, encontradas em profundidades variando entre 3 e 10 m; uma população de zonas sombreadas, habitando profundidades de 10 e 20 m e uma população sub-recifal, encontrada em profundidades acima de 30 m. As formas de águas rasas tropicais apresentam colônias de forma piramidal ou colunar, que crescem em crostas sucessivas mais espessas e mais densas que as colônias das populações de aguas mais frias, podendo atingir dimensões máximas em torno de 30 cm de diâmetro. Em geral cor da colônia viva é marrom clara. A população das águas rasas subtropicais das regiões deAngra dos Reis e Ilha Grande (Rio de Janeiro) forma colônias densas com lobos dicotômicos e as populações da
região de Ubatuba e São Sebastião (São Paulo) formam colônias leves, frágeis e pouco calcificadas. As colônias da população de águas de profundidades intermediárias (10 a 20 m) encontradas ao longo do litoral das ilhas do Arquipélago de Fernando de Noronha são globosas, pouco lobadas, com cerca de 5 cm de diâmetro. A colônia viva tem uma coloração lilás clara. As formas sub-recifais têm colônias incrustantes e coloração arroxeada. O diâmetro dos cálices varia entre 1,0 e 1,5 mm, sendo que as espécies fotófilas das regiões tropicais têm os cálices maiores do que aquelas das zonas subtropicais e das regiões sub-recifais.

É uma espécie sensível a águas com alta turbidez. Juntamente com a espécie Mussismilia hispida são os corais brasileiros que apresentam a mais ampla distribuição geográfica, pois ocorrem desde bancos na costa da cidade de Fortaleza , no estado do Ceará, e no arquipelago de Fernando de Noronha, até Santa Catarina.

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